R$ 500. É o que grande parte dos brasileiros precisa para sair do vermelho, segundo pesquisa feita pelo Guiabolso. De acordo com o levantamento, quase três em cada 10 pessoas com o nome negativado (28,4%) tem dívidas abaixo de R$ 500, valor considerado baixo para empresas de crédito.

Segundo o aplicativo, uma das primeiras recomendações pra limpar o nome é tentar fugir das dívidas mais caras. Cartão de crédito e cheque especial, por exemplo, costumam cobrar taxas muito altas (acima de 10% ao mês). Para ajudar os endividados, o Banco Central publicou, em abril, uma resolução que permitiu instituições não-bancárias liberarem crédito para pessoas físicas.

Guiabolso

A grande vantagem desta nova modalidade é a facilidade de garantir o crédito – a avaliação muitas vezes feitas por ferramentas de análise de dados, poupando extenso questionários dos bancos – e taxas de juros muito mais convidativas, longe de juros bancários que podem passar de 200%. “Para estas dívidas menores, só cortar gastos já deveria ser suficiente. Quando só apertar o cinto não resolve, uma saída é buscar um empréstimo com juros menores”, diz o diretor de dados e pesquisas econômicas, Márcio Reis.

O levantamento mostrou ainda que as mulheres estão mais negativadas, com 26,02% do grupo no vermelho, ante 22,22% no grupo de homens. O jogo muda com o aumento do valor devido. “Quando a gente olha dívidas abaixo de R$ 2 mil, a porcentagem de mulheres negativadas é maior do que a dos homens. A lógica se inverte para valores acima disso”, diz Reis.