Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford indicou que oito das principais capitais do Brasil não estavam prontas para flexibilizar a quarentena contra a Covid-19. São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Goiânia, Manaus e Porto Alegre não atendiam aos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), mesmo com políticas de restrição da mobilidade.

Publicada nesta segunda-feira (22), a pesquisa indicou que as principais deficiências dessas capitais são o baixo volume de testes, a ausência de um programa de rastreamento de contato para conter a pandemia e a falta de informação dos brasileiros sobre cuidados pessoais a serem tomados ao contrair o coronavírus.

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A Escola de Governo da Universidade de Oxford está monitorando o comportamento de 170 países e como estão reagindo contra a pandemia.

Equipes da USP e da FGV atuaram na coleta de informações para a pesquisa e na avaliação do entendimento das pessoas a respeito da crise sanitária. Foram feitas ligações telefônicas para 1.654 pessoas entre os dias 6 e 27 de maio.

Os pesquisadores também utilizaram dados de mobilidade com base nos deslocamentos de telefone celular.

Entre as pessoas que contraíram a Covid-19, 13% foram testadas a tempo e 7% disseram que tentaram fazer o teste, mas não conseguiram. O levantamento também identificou que os mais ricos – recebem pelo menos 10 salários mínimos – são maioria entre os que conseguiram realizar teste para a doença.

O estudo sugere campanhas de divulgação com orientação para a população, empresas e trabalhadores; o prolongamento do auxílio emergencial e uma política de rastreamento de contatos.