BRASÍLIA (Reuters) – A primeira pesquisa Genial/Quaest para presidente sem a presença do ex-juiz Sergio Moro entre os candidatos mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança, com 45% das intenções de voto, e um aumento de 5 pontos percentuais para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou a 31% da preferência do eleitorado.

Os demais candidatos nesse cenário somaram 12% da intenções de voto, com Ciro Gomes (PDT) concentrando 6%, segundo o levantamento, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais.

Fala de Lula sobre incomodar deputados em casa é inconsequente, afirmam analistas

A pesquisa fez ainda um cenário com Moro, que na semana passada migrou do Podemos para a União Brasil e disse que “nesse momento” abria mão da pré-candidatura presidencial. Neste caso, Bolsonaro aparece com 29%, ante 26% no mês passado, enquanto Lula soma 44%, contra 46% anteriormente. Moro teria 6%, ante 7% em março, e Ciro passou de 7% para 5%.

Nas simulações de segundo turno, Lula vence em todos os cenários apresentados. Contra Bolsonaro o ex-presidente teria vantagem de 55% a 34%, ambos oscilando para cima dentro da margem de erro. Na última pesquisa, em março, Lula tinha 54% e Bolsonaro, 32%.

A Genial/Quaest ouviu duas mil pessoas, de forma presencial, entre os dias 30 de março e 3 de abril, em 127 municípios.

A pesquisa mostrou ainda que a avaliação positiva do governo Bolsonaro oscilou positivamente. Hoje, 47% dos entrevistados têm uma visão negativa do governo, ante 49% em fevereiro. A avaliação positiva saiu de 24% para 26%.

O maior impacto aconteceu entre as pessoas que recebem o programa Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família, e teve valor reajustado para 400 reais. Em março, 54% desses entrevistados tinha uma visão negativa do governo, e agora são 46%. Neste grupo, a avaliação positiva passou de 19% para 24%.

A pesquisa ainda mostra que Bolsonaro recuperou parte da aprovação entre aqueles que declararam ter votado nele no segundo turno da eleição de 2018. Em março, 49% aprovavam o governo. Agora, são 52%.

O governo passou a ser melhor avaliado também nas regiões Norte, onde a avaliação positiva passou de 29% para 35%, e no Sul, passando de 32% para 37%. Nas demais, a avaliação oscilou dentro da margem de erro.

A avaliação negativa também caiu entre as mulheres, apesar de 50% ainda considerarem o governo ruim, ante 25% de avaliação regular e 23% positiva. Em março, a avaliação negativa entre as mulheres era de 53%. Entre os homens, 43% avaliam o governo negativamente, enquanto 29% consideram positivo e 25% veem como regular.

 

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

tagreuters.com2022binary_LYNXNPEI360Q7-BASEIMAGE