FRANKFURT (Reuters) – A economia da zona do euro crescerá mais devagar do que se esperava este ano e um avanço temporário na inflação provavelmente excederá a projeção anterior, mostrou uma pesquisa do Banco Central Europeu (BCE) nesta sexta-feira.

O BCE deixou sua política econômica inalterada na quinta-feira, argumentando que o estímulo abundante ainda é necessário para uma economia prejudicada, passando por mais uma onda da pandemia de coronavírus que mantém grande parte do setor de serviços fechado.

Mas com as vacinações finalmente progredindo, é provável que a economia cresça rapidamente nos próximos trimestres, mesmo que essa recuperação seja vista agora um pouco atrasada, mostrou a edição mais recente da pesquisa do BCE com analistas profissionais, contribuição importante nas deliberações de política econômica.

A economia da zona do euro deve se expandir 4,2% este ano, abaixo da projeção anterior de 4,4%, mas a perspectiva de crescimento do próximo ano subiu de 3,7% para 4,1%, indicando que a recuperação econômica pode ser mais acentuada do que visto anteriormente.

A inflação deste ano está calculada agora em 1,6%, segundo a pesquisa, acima da taxa de 0,9% projetada há três meses e acima da de 1,5% projetada pela equipe do BCE em março.

Mas as projeções para além de 2021 permaneceram inalteradas, com a previsão de 2025 ainda em 1,7%, abaixo da meta do BCE de quase 2%, indicando que o banco pode não alcançar sua meta por mais de uma década.

O próximo encontro do BCE será em 10 de junho e as autoridades terão que decidir se cortam o estímulo à medida que a recuperação econômica começa ou se mantêm o apoio, apesar da provável recuperação rápida.

(Por Balazs Koranyi)

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