O brasileiro tem hoje uma avaliação mais realista da situação econômica do País do que tinha há seis meses, pela ocasião da posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL), conclui levantamento feito pela Kantar Brasil Insights e a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

A pesquisa foi feita entre os dias 27 de maio e 7 de junho e ouviu 1.000 pessoas com idades de 18 e 65 ano em todas as regiões do País, sendo 600 mulheres e 400 homens. Do total dos participantes, 78% estão mais cautelosos em relação a 2019 do que eram no começo do ano. Ainda, segundo conclusão da Kantar e da Acrefi, embora o cenário atual seja mais promissor que o passado, a expectativa de melhora, para a maioria, está para os próximos dois anos.

Segundo o levantamento, divulgado na quinta-feira, 11, ainda que apenas 13% da população avalie a situação do País como ótima ou boa, trata-se do melhor resultado nos últimos 3 anos. Também melhora a avaliação de um cenário que era péssimo ou ruim, para regular.

O processo de substituição do otimismo elevado do começo do ano por uma perspectiva mais realista em relação à economia em geral bem como da própria situação financeira resulta de uma preocupação bastante elevada de 56% dos jovens de 18 a 28 anos.

Para 38% dos pesquisados, o consumo das famílias vai melhorar. Para 24% deve permanecer como está e para 34%, piorar. A oferta de crédito vai melhorar em 2019 para 36% do universo das pessoas consultadas. Para 33% será igual e para outros 32% a oferta de crédito vai encolher ainda mais.

À pergunta sobre qual é a expectativa em relação ao crescimento do País e sobre a taxa de juros, 48% acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer. Uma fatia de 25% dos entrevistados acredita que a economia permanecerá como está e 27% veem espaço para piora. No que se refere à taxa de juro, o cenário mostra-se ainda mais desalentador porque 40% dos entrevistados vislumbram piora, 28% acreditam que ficará igual e 32% apenas esperam melhora.

O desemprego é uma questão que preocupa principalmente os mais jovens, com idades entre 18 e 28 anos. Nesta faixa etária, 55% das pessoas temem pelo aumento do contingente dos desempregados e 45% acham que o desemprego não irá aumentar.