Após os primeiros meses da pandemia, autoridades de saúde e cientistas descobriram que, entre seus efeitos colaterais, pode haver algumas alterações no cérebro. No entanto, agora foi determinado que o vírus nem mesmo toca neste órgão, mas pode afetá-lo.

Segundo o jornal mexicano El Heraldo, estudo recente publicado na revista Brain, e conduzido pela Columbia University, nos Estados Unidos, o vírus SARS-CoV-2 não é capaz de se integrar às células cerebrais. No entanto, detalham os especialistas que, para determinar como ocorriam problemas como confusão, perda de memória e dificuldade em falar ou ler, eles realizaram autópsias em pacientes que tiveram Covid-19.

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Os resultados mostraram que não havia vestígios de alterações nos neurônios ou na massa encefálica, mas após o sequenciamento, eles descobriram algumas coisas que indicam que pode haver RNA do vírus.

James Goldman, o principal pesquisador do estudo, explicou que cérebros de pessoas falecidas foram analisados e eles acreditam que esses efeitos colaterais são na verdade causados ​​por outros problemas no corpo. Os pesquisadores afirmam que o que realmente afeta o cérebro é que outros órgãos, como os pulmões, infectados pelo coronavírus, podem enviar detritos ao cérebro pela corrente sanguínea e, quando ocorre um derrame, é quando se espalham na zona.

Por fim, detalham que a maioria dos efeitos, principalmente os relacionados à memória, não ocorre porque o vírus danifica o cérebro , mas porque os pulmões não conseguem enviar oxigênio suficiente para ele, causando a morte de alguns neurônios.