A perspectiva para os próximos meses é de melhora do consumo pelas famílias, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Em agosto, o índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,8% em comparação ao mês anterior, o primeiro avanço após cinco meses consecutivos de queda.

A projeção é de um indicador melhor no fechamento do ano do que foi o de 2018, ainda que as previsões para a economia como um todo sejam piores.

“Acreditamos num ligeiro otimismo das famílias. Pode ser que o índice ainda varie com perspectivas de reformas. O segundo semestre tradicionalmente é melhor. Neste ano ainda terão alguns incentivos”, avaliou Antônio Everton Chaves Júnior, economista da CNC.

A perspectiva de liberação de dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep está animando as famílias a planejar novos consumos, diz ele. Além disso, a inflação está mais estável, o que repercute em menos perda da renda. E a população está mais confiante na manutenção do emprego do que antes. “Os dados são aquém do que a gente gostaria, mas já há uma sensação de estabilidade”, disse Chaves.

Em agosto, foi registrada também pequena queda no endividamento das famílias. Isso faz com que a compra de bens duráveis entre no radar. Com isso, diz o economista, é possível que a compra de duráveis “venha a crescer nos próximos meses”.