A medicina recomenda que é sempre bom conhecer os alimentos antes de ingeri-los e evitar problemas de saúde. Em Recife (PE), duas irmãs foram internadas em um hospital após comerem peixe da espécie arabaiana. Elas foram diagnosticadas com Síndrome de Haff, conhecida como a “doença da urina preta”.

Outros cinco casos da doença passam por investigação em Pernambuco. Os principais sintomas da Síndrome são falta de ar, dormência e perda de força no corpo, além da urina cor de café.

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As irmãs, de 31 e 36 anos, foram internadas no Hospital Português no dia 16 de fevereiro, horas após o almoço. O peixe arabaiana é conhecido na região como “olho de boi” e foi comprado no bairro do Pina, zona sul da capital de Pernambuco.

Segundo relato da mãe das irmãs, cinco pessoas estavam presentes no almoço e apenas ela não comeu o peixe. Quatro horas após a refeição, todas as outras apresentaram algum tipo de sintoma negativo, como cãibras por todo o corpo, dores abdominais, diarreia, dores nas costas e enrijecimento muscular.

Segundo o G1, uma das irmãs já está no quarto, mas a mais jovem – que comeu boa parte do peixe – está na UTI com o fígado comprometido, os rins paralisados e água no pulmão.

O que é a Síndrome de Haff?

A síndrome de Haff é gerada pela ruptura de células musculares, geradas por extrema dor e rigidez muscular. Ela pode ser identificada pela falta de ar, dormência e perda de força no corpo, além da urina preta, que está ligada à elevação da enzima CPK.

Essa coloração da urina acontece após o desgaste muscular, que, por concentrar muita proteína, é acumulado nos rins e eliminado na urina.

A doença pode deixar sequelas principalmente nos rins, por isso é necessário tratamento imediato.