O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, manifestou, nesta sexta-feira, “solidariedade” às vítimas do rompimento de três barragens que deixou 200 desaparecidos em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. “Há tempos, laudos periciais emitidos pelos peritos criminais federais, carreira integrante da Polícia Federal, apontam para riscos de rompimento de barragens por causas variadas que vão da negligência ao desrespeito a padrões de segurança, com o excessivo prolongamento da vida útil das estruturas. Foi assim em casos como o de Cataguazes, ocorrido em 2003, e o de Mariana, em 2015”, afirma.

A Associação ainda diz ser “preciso apurar com rigor mais esse lamentável episódio e, caso venha a ser comprovado que as causas são semelhantes às das demais tragédias desse tipo, é necessário que sejam tomadas, finalmente, as medidas necessárias para que fatos como esse não continuem se repetindo”.

O rompimento da barragem de Brumadinho ocorre pouco mais de três anos após a maior tragédia ambiental do País, que envolveu a barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015. A lama de rejeitos atingiu 40 cidades em Minas e no Espírito Santo e contaminou a Bacia Hidrográfica do Rio Doce. Dezoito pessoas morreram. Na Justiça, 22 denunciados pelo Ministério Público Federal, entre eles, funcionários da Vale, Samarco e BHP Billiton, respondem por homicídio.