PEQUIM/XANGAI (Reuters) – A capital chinesa, Pequim, fechou dezenas de estações de metrô e rotas de ônibus nesta quarta-feira em sua campanha para impedir a propagação da Covid-19 e evitar o destino de Xangai, onde milhões de moradores estão sob estrito lockdown há mais de um mês.

A batalha da China contra o coronavírus, que se acredita ter surgido na cidade de Wuhan no final de 2019, está prejudicando seu crescimento e o investimento de empresas internacionais, de acordo com previsões e dados mais recentes.

A cidade central de Zhengzhou, que abriga 12,6 milhões de pessoas e uma unidade da fabricante de iPhones da Apple, Foxconn, anunciou o trabalho em casa e outras restrições da Covid para a próxima semana na noite de terça-feira, juntando-se a dezenas de grandes cidades sob alguma forma de confinamento.

A capital fechou mais de 60 estações de metrô, cerca de 15% da rede, e 158 linhas de ônibus, disseram prestadores de serviços. A maioria das estações e rotas suspensas está no distrito de Chaoyang, o epicentro do surto de Pequim.

Com dezenas de novos casos por dia, Pequim está tentando evitar um lockdown total, como Xangai também fez inicialmente, esperando que os testes em massa identifiquem e isolem o vírus antes que ele se espalhe.

A cidade de 22 milhões de habitantes fechou escolas, restaurantes, academias e locais de entretenimento, bem como algumas empresas e edifícios residenciais em áreas de alto risco.

No que pode ser um sinal preocupante para os moradores de Pequim, trabalhadores com equipamentos de proteção foram vistos montando um muro de metal azul de dois metros de altura ao redor de um complexo residencial, com uma placa no portão dizendo “Somente entrada. Sem saída”.

Doze dos 16 distritos de Pequim realizaram a segunda de três rodadas de testes nesta semana, tendo feito três exames na semana passada.

Em Xangai, não há fim à vista para o lockdown. Depois de mais de um mês, a maioria das pessoas na maior cidade da China continental ainda não pode deixar seus conjuntos habitacionais.

(Reportagem de Aizhu Chen, Hou Xiangming, Brenda Goh e Redações de Pequim e Xangai)

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