O destino da Livraria Cultura agora será decidido pela Justiça já que parte dos credores da empresa rejeitou um aditivo no plano de recuperação judicial, ontem (14), em assembleia. O processo pode, ou não, ser encaminhado para falência.

De acordo com matéria do Valor, a divergência ocorreu com a maioria dos credores de classe 4, ou seja, 24 dos 45 credores que formam o grupo de editoras menores a quem a Cultura deve menos dinheiro.

Por outro lado, entre os credores de classe 1, a aprovação foi de mais de 95% para o acréscimo de uma nova categoria de fornecedores no plano de recuperação.

Segundo o aditivo, essas empresas se comprometeriam, em troca de deságio, a continuar a entrega de produtos essenciais ao funcionamento da Cultura por um ano e seis meses.

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Se for decidido que a assembleia alcançou quórum majoritário, o plano pode ser aprovado mesmo com a rejeição da maioria da classe 4.
Caso seja negado, a Justiça pode determinar que vale o acordo de recuperação aprovado em 2019, sem o aditivo.
Neste caso, segundo o Valor, seria a liquidação de R$ 285,4 milhões em dívidas no prazo de 14 anos. Mas será preciso avaliar se a Cultura cumpriu todos os prazos e obrigações determinados na época.

Caso a empresa não tenha cumprido as determinações, a falência pode ser decretada.