Nicolás Catena Zapata, Susana Balbo, José Alberto Zuccardi e Jorge Ricitelli são alguns dos enólogos cujo talento e dedicação permitiram à Argentina conquistar seu merecido prestígio no mundo do vinho. Mesmo assim, foi preciso que um norte-americano decidisse trocar a Califórnia por Luan de Cuyo, na região de Mendoza, para que um rótulo daquele país obtivesse pela primeira vez os míticos 100 pontos na avaliação do exigente Robert Parker.

A história começou em 1989, quando Paul Hobbs desembarcou na cidade de clima quase desértico onde os vinhedos são irrigados com água de degelo da Cordilheira dos Andes. Em 1997, Hobbs se juntou aos enólogos Andrea Marchiori e Luis Barraud para dar início à Viña Cobos, um dos projetos mais consistentes da vitivinicultura mendoncina – e também uma das vinícolas mais premiadas da América do Sul. Os inéditos 100 pontos viriam com a uva malbec, mas a façanha seria reprisada com um excelente cabernet sauvignon.

Para quem supõe que a uva mais identificada com o terroir de Mendoza é imbatível para acompanhar uma boa picanha, aqui vai meu testemunho: a experiência fica ainda melhor quando o autêntico churrasco brasileiro é guarnecido por um rótulo como o Cobos Bramare Cabernet Sauvignon Lujan de Cuyo 2016. Assinado por Hobbs, esse vinho bastante estruturado revela taninos poderosos, ainda que bem refinados, e impressiona desde a combinação de aromas (ameixa, cassis, café). A textura é quase cremosa de tão aveludada. Mas é na boca que ele fala mais alto, com sabores que evocam trufa de chocolate, cogumelos e pimenta-do-reino. O sucesso com a carne é garantido. Importado pela Gran Cru, custa R$ 439,90 no e-commerce da empresa e pode ser entregue em casa.

O Cobos Bramare Cabernet Sauvignon 2016
O Cobos Bramare Cabernet Sauvignon 2016 (Crédito:Grand Cru/Divulgação)