O México participará com pelo menos 2.000 voluntários da fase final dos testes da vacina russa contra COVID-19, anunciou nesta quinta-feira (20) o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard.

O chanceler explicou em declarações à imprensa que se reuniu com o embaixador russo no México para detalhar os testes e que videoconferências foram realizadas com representantes dos países latino-americanos interessados na vacina.

“Vamos ter pelo menos 2.000 [voluntários para os testes]. Estamos vendo com as autoridades de saúde de que tamanho precisa ser o protocolo”, anunciou.

Ebrard completou que a vacina russa, batizada de Sputnik V, “chegará em breve” e que o México provavelmente também participará de testes da vacina desenvolvida pelo laboratório Johnson & Johnson, em setembro.

Na semana passada, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que seu país desenvolveu a primeira vacina “eficaz” contra o coronavírus, o que provocou uma forte onda de ceticismo pelo mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou esperar “com impaciência” a análise dos resultados dos testes clínicos com a vacina russa.

Na quarta-feira, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou estar disposto a experimentar a vacina da Rússia se esta se comprovar eficiente.

“Eu seria o primeiro a me deixar vacinar (…) mas temos que conhecer bem o que está acontecendo, garantir que seja algo efetivo”, declarou o presidente em coletiva de imprensa.

Na semana passada, anunciou-se um acordo com o laboratório AstraZeneca para que a Argentina e o México produzam a vacina desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford e que será distribuída, a preço de custo, na América Latina, com exceção do Brasil, que tem um acordo à parte.