Pesquisadores relataram, pela segunda vez, um caso de uma pessoa cujo sistema imunológico pode ter eliminado o HIV naturalmente, sem o uso de tratamentos ou intervenções. O episódio ocorreu com uma mulher na cidade de Esperanza, na Argentina, segundo revela um estudo publicado nesta terça-feira (16) no periódico médico Annals of Internal Medicine.

A mulher argentina que está sendo chamada pelos médicos como paciente “Esperanza” representa um avanço nas pesquisas pela cura da Aids no mundo e anima pesquisadores de todo planeta.

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O grupo que analisou bilhões de células e tecidos dela e concluíram que há 8 anos a paciente estava em remissão. A descoberta cria expectativas para as 38 milhões de pessoas que vivem com o HIV.

Um grupo de médicos de Harvard anunciou a descoberta em um grande encontro internacional de especialistas em HIV em março. Os especialistas revelaram que a paciente, cujo ex-namorado morreu de Aids, não tinha o vírus causador da doença. As descobertas foram agora confirmadas na revista científica Annals of Internal Medicine.

Existe outro caso emblemático de cura similar ao da argentina: o da norte-americana Loreen Willenbeg, de 67 anos, que apresentou a remissão em 2020.

Outros dois casos considerados como cura são específicos de pacientes que tiveram câncer e passaram por transplante de medula óssea com doadores que tinham genes resistentes ao HIV — e, como consequência, acabaram eliminando o vírus.