O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, cobrou nesta terça-feira, 12, que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e outros ministros trabalhem para destravar o crédito e afirmou que os juros precisam cair ainda mais. Paulinho disse ainda que um conselheiro do FI-FGTS já disse que há dinheiro para emprestar e que a “bandalheira” na instituição já foi resolvida.

“Governo tem acertado em reduzir juros, mas tem que cair mais”, disse, durante cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Michel Temer, de Meirelles, de sindicalistas e empresários. “Acho até o que o Meirelles deveria se encarregar um pouco dessa questão do juros”, disse, sem levar em conta que a política monetária é uma atribuição do Banco Central e não da Fazenda.

Paulinho disse ainda que o crédito no País tem que ser estimulado e para isso é preciso tomar algumas “medidas simples”. Ao criticar os juros do cartão de crédito e do cheque especial – com taxas elevadas – Paulinho disse que o BC tem que mudar essa situação. “Essa é uma tarefa do Banco Central de enquadrar o sistema financeiro, inclusive os banco públicos para melhorar o crédito para as pessoas”, disse.

Segundo o deputado e sindicalista, o governo tem dado demonstrações de que quer retomar o emprego, mas é preciso priorizar medidas para alguns setores que são tradicionalmente puxadores de emprego como a construção civil e a indústria automobilística. Paulinho disse ainda que é preciso retomar as obras paralisadas para estimular a economia.

Bandalheira

Paulinho mencionou ainda a revelação de corrupção envolvendo o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) e afirmou que a “bandalheira” diminuiu e há dinheiro para empréstimos. “Não é por falta de dinheiro não. Nós temos conselheiros no FI-FTS, aqui o Serginho, que sabe que lá tem dinheiro para emprestar”, disse referindo-se ao primeiro-secretário da Força, Sergio Luiz Leite, que é membro do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).

“Tinha bandalheira lá, mas agora tomaram uma série de medidas para não ter mais bandalheira” afirmou. Corrupção e manobras políticas marcam os bastidores dos investimentos do FI-FGTS, o fundo mantido com o dinheiro do trabalhador. É o que mostram delações premiadas de investigados em diferentes operações criminais, como Lava Jato e Sépsis.