O ex-Beatle Paul McCartney criticou o governo italiano por um decreto que impedia o reembolso para pagantes de shows cancelados por causa da pandemia de coronavírus.

O músico deveria se apresentar em Nápoles, na terça-feira, e em Lucca, no sábado, como parte de sua turnê Freshen Up, segundo o The Guardian.

Em rede social, McCartney disse que quando seus eventos na Europa tiveram que ser cancelados em maio, ele esperava que os fãs receberiam um reembolso. Mas um decreto aprovado pelo governo italiano ofereceu apenas comprovantes para eventos musicais sucateados. “Sem os fãs, não haveria entretenimento ao vivo. Discordamos totalmente do que o governo italiano está fazendo.”

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“É ultrajante que aqueles que pagaram seus ingressos não recebam seu dinheiro de volta”, postou McCartney.

O decreto, aprovado com recomendação da promotora italiana de música ao vivo Assomusica, prevê comprovantes válidos por 18 meses.

Em sua defesa, a agência D’Alessandro & Galli, que promoveu os shows de McCartney na Itália , disse que o artista sabia do plano de vouchers antes que os shows fossem cancelados.

“Entendemos completamente a amargura do artista, pois ele se importava com esses dois shows que marcariam seu retorno à Itália, bem como o descontentamento dos fãs por receberem um voucher em vez de um reembolso total”, informou a empresa, por nota ao The Guardiam.

Porém, o ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, garantiu que os vouchers sejam usados ​​para shows realizados pelo mesmo artista. Caso isso seja impossível por algum motivo, as pessoas teriam direito a um reembolso, segundo o ministro.