Os patinetes elétricos tomaram de assalto as grandes metrópoles do planeta. Em São Paulo não é difícil trombar com uma delas nos centro empresariais da cidade, a questões de regulamentação começam a serem discutidas. No Peru, elas já começaram a ganhar regras de uso e foram proibidas de circular nas calçadas, assim como na França.

Diante da proliferação do aparelho, o departamento de saúde pública e transporte de Austin em parceria com o Centro de Controle e Prevenção dos Estados Unidos realizaram uma pesquisa para tentar entender lesões e acidentes causados pelos patinetes elétricos, assim com sua incidência, uma vez que no país, 38,5 milhões de corridas foram realizadas em 2018.

O estudo aferiu o período entre 5 de setembro de 2018 até 30 de novembro do mesmo ano, e identificou um total de 271 pessoas que sofreram algum acidente com o patinete elétrico. Durante o período de três meses, os aparelhos foram usados por 182,333 horas e rodaram 1,434 milhões de quilômetros. Com estes números, o estudo calculou que a cada 100 mil viagens acontecem cerca de 20 acidentes de patinetes elétricos.

Mais da metade dos acidentes no período foram “graves”, segundo o estudo. As definições de grave foram em acidentes onde ocorreu quebra de ossos (84% dos casos deste grupo de acidentes); lesões em nervos, tendões e ligamentos (45%); sangramentos em grandes quantidades (5%) e danos nos orgãos (1%). Importante notar que podem ocorrer mais de um efeito colateral nos acidentes.

Outro ponto levantado pela pesquisa é o local onde aconteceram as ocorrências: 55% aconteceram na rua, enquanto 33% foram na calçada. Acidentes com carros e motos foram responsáveis por 16% dos casos, mesmo que apenas 10% dos motoristas dos patinetes tenham colidido com os veículos. 10% tiveram problemas com o meio fio enquanto 7% foram “pegos de surpresa” por objetos estáticos, como um poste de luz ou bueiro.  O estudo concluiu que a maioria dos efeitos dos acidentes poderiam ter sido evitados caso o motorista do patinete elétrico estivesse usando um capacete.