Uma americana que viajava no cruzeiro que atracou no Camboja na semana passada está infectada com o novo coronavírus – informou o operador do navio nesta segunda-feira (17).

Depois de analisarem a embarcação hoje, as autoridades e o operador do navio autorizaram centenas de viajantes, incluindo a americana, a desembarcar.

Depois de ser proibido de atracar por cinco portos asiáticos, o cruzeiro “Westerdam” navegou por cerca de dez dias, sendo enfim autorizado a parar no porto Sihanoukville, no sul do Camboja.

Dos 1.455 passageiros, mais de 1.200 desembarcaram. Alguns estão em Phnom Penh e serão submetidos a testes antes de serem repatriados. Outros saíram do Camboja e tomaram vários voos comerciais de volta para seus países.

Destes, 145 passaram pela Malásia. Entre eles, uma turista americana de 83 anos, que foi diagnosticada com positivo para coronavírus no sábado, no aeroporto de Kuala Lumpur.

A companhia americana Holland America, operadora do “Westerdam”, e as autoridades estão agora preocupadas com uma eventual contaminação de outros passageiros que já retornaram para seus países.

A Holland America disse que trabalha “em estreita coordenação” com vários governos, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com os centros de detecção do vírus nos Estados Unidos “para investigar e seguir as pessoas que possam ter estado em contato” com a turista americana.

Já o Ministério da Saúde do Camboja assegurou que “investiga ativamente todos os casos suspeitos” e pede à população que “não se preocupe excessivamente”. Alguns passageiros do cruzeiro chegaram a passear por Sihanoukville depois de desembarcar.

Ao todo, 233 passageiros e 747 tripulantes ainda estão no cruzeiro.

“Vamos extrair amostras de todas estas pessoas para que sejam submetidas a teste”, declarou à AFP um funcionário local, acrescentando que permanecerão no barco até a divulgação dos resultados.

Até agora, a epidemia COVID-19 deixou 1.770 mortos e mais de 70.000 contagiados na China continental. Foram registrados outros cinco óbitos e mais de 800 casos em cerca de 30 países e territórios.