O ex-líder do Partido Trabalhista britânico Jeremy Corbyn não será reintegrado no grupo parlamentar da formação de oposição após um relatório sobre o antissemitismo sob sua liderança, anunciou o atual líder trabalhista, Keir Starmer.

O ex-sindicalista de 71 anos, membro da ala mais esquerdista do partido, havia sido reintegrado na formação na véspera, após ser investigado por sugerir que as atitudes antijudaicas haviam sido exageradas.

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No entanto, Starmer decidiu não reintegrá-lo na bancada trabalhista.

Uma comissão independente denunciou no final de outubro o tratamento “indesculpável” de Corbyn das acusações de antissemitismo entre os membros da formação, apontando assédio, discriminação e falta de vontade para combater um problema que assola o partido há anos.

Corbyn então pediu “tolerância zero” com o antissemitismo, mas defendeu seu mandato, denunciando que “o problema era dramaticamente exagerado por razões políticas por adversários dentro e fora do partido.

Esta resposta “minou e atrasou nosso trabalho para restaurar a confiança na capacidade do Partido Trabalhista de combater o antissemitismo”, disse Starmer no Twitter para justificar sua decisão.