Além da mudança de administração, os parques paulistanos poderão trocar de nome com as concessões à iniciativa privada anunciadas pela gestão do prefeito João Doria (PSDB). Isso porque a Prefeitura incluiu o chamado “naming rights” (venda de direitos de nome) como fonte de receita alternativa para as empresas ou instituições que queiram assumir a operação dos parques municipais.

A previsão consta do edital de chamamento público publicado nesta quarta-feira, 10, no Diário Oficial da Cidade, no qual a Prefeitura abre prazo de 30 dias para receber estudos e projetos para concessão de 14 parques da capital, incluindo Ibirapuera, Aclimação, Buenos Aires, Carmo e Trianon. A ideia é lançar a licitação em pacotes de concessão, com mais de um parque junto em um mesmo contrato, no segundo semestre deste ano.

O documento publicado pela Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias autoriza a venda do “naming rights” dos parques, a exemplo do que foi feito na arena do Palmeiras, o Allianz Parque, mas ressalva que “o nome original do parque deverá compor o novo nome proposto”. O texto define ainda que os nomes dos equipamentos instalados dentro dos parques, como o Museu de Arte Moderna (MAM) no Parque Ibirapuera, devem ser preservados.

Segundo a gestão Doria, o modelo de concessão e as contrapartidas ao gestor privado ainda serão definidos após recebimento de estudos que serão feitos e apresentados à Prefeitura por empresas e instituições interessados em assumir os parques da capital. A única certeza, disse o prefeito, é de que o acesso aos equipamentos continuará sendo livre, sem cobrança de ingresso.

Serviços

De acordo com Wilson Poit, secretário municipal de Desestatização e Parcerias, a empresa ou instituição que assumir o parque também poderá obter retorno financeiro explorando estacionamento, restaurantes e lanchonetes, rede de Wi-Fi, aluguel de bicicletas, publicidade, realização de shows e até comissão para filmagens.

O secretário disse que os 14 parques escolhidos são os mais custosos para a Prefeitura – respondem por 40% do custo total de manutenção dos 107 espaços da cidade, estimado em R$ 180 milhões por ano – e vão servir como “âncoras” para atrair a iniciativa privada para as concessões.