SÃO PAULO (Reuters) – Os efeitos da seca continuaram a degradar as condições das lavouras de soja do Paraná na safra 2021/22, e agora apenas 30% das plantações no importante produtor brasileiro estão avaliadas como boas, de acordo com avaliação divulgada nesta terça-feira pelo Departamento de Economia Rural (Deral).

O órgão de análises do governo do Paraná informou ainda que 31% das plantações estão ruins, enquanto 39% foram vistas em média condição.

A situação difere bastante do quadro visto na última avaliação divulgada, com base em dados do dia 20 de dezembro, quando 57% das lavouras estavam boas e apenas 13% ruins.

Na virada do ano, o Deral realizou um levantamento emergencial de perdas pela seca, apontando uma redução de mais de 5 milhões de toneladas na projeção de safra de soja, para 13,1 milhões de toneladas.

O Estado concentra até o momento as maiores perdas em função da estiagem, conforme dados divulgados na véspera pela consultoria StoneX, que já não estima mais a produção brasileira em recorde na temporada atual.

Segundo dados do Deral, 49% da safra de soja está em estágio de frutificação, ponto crítico para a produtividade, enquanto 31% se encontra em floração, que também requer boa umidade. O departamento reportou 7% das lavouras em maturação, e não vê ainda percentual para área colhida. Um índice menor, de 13% da cultura, está em desenvolvimento vegetativo.

As condições do milho primeira safra também pioraram. Apenas 35% das lavouras estão boas, enquanto 25% estão ruins, versus 63% e 10%, respectivamente, no levantamento anterior, conforme os dados do Deral.

Inicialmente, o Deral projetava a primeira safra em mais de 4 milhões de toneladas. Agora a estimativa passou para 2,4 milhões de toneladas.

(Por Roberto Samora)

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