SÃO PAULO (Reuters) – Os produtores de soja do Paraná concluíram o plantio da safra 2021/22, mas enfrentam adversidades climáticas que levaram à redução da qualidade das lavouras na semana, assim como nas áreas de milho, mostraram dados do Deral nesta terça-feira.

O Departamento de Economia Rural (Deral) reduziu o percentual de lavouras de soja consideradas boas, de 91% para 83%, enquanto as áreas em condições médias passaram de 8% para 15% em uma semana, e as ruins foram de 1% para 2%.

Na mesma linha, houve piora no milho, mas em proporções menores, com as lavouras boas passando de 95% para 90% e somente 9% em situação média.

O analista do Deral Edmar Gervásio disse que nos últimos dez dias o clima não tem colaborado, com episódios de calor intenso durante o dia, e à noite temperaturas mais frias, baixa umidade e chuva irregular.

“Nestas condições, a planta acaba sofrendo um pouco mais e por isso essa piora das condições de lavoura”, afirmou.

O economista do departamento Marcelo Garrido acrescentou que o mês de novembro já havia sido muito seco, o que tirou as condições climáticas dos padrões ideais para desenvolvimento dos cultivos.

“A perspectiva ainda não se altera com relação à produção, mas já existe a necessidade de chuvas em algumas regiões”, disse ele.

No fim de novembro, o Paraná –um dos principais produtores de soja do Brasil– elevou sua projeção de safra da oleaginosa para um recorde de cerca de 21 milhões de toneladas em 2021/22.

(Por Nayara Figueiredo)

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