O Governo do Paraná assinou compromisso para cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção de vacina contra a covid-19 no Estado, por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

O termo de confidencialidade com a empresa estatal chinesa Sinopharm foi assinado hoje. Isso permitirá a realização da terceira fase de testes da vacina no Paraná. A expectativa é que o processo possa começar ainda no mês de agosto.

Atualmente, apenas os Emirados Árabes Unidos, com 15 mil voluntários, participaram no momento da experiência, iniciado neste mês, segundo informou o Tecpar, por nota.

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O Brasil já testa vacinas da Universidade de Oxford com a AstraZeneca, da Sinovac, além dos testes da Pfizer com a BioNTech.

Além de passar a integrar o processo de testagem, o acordo garante ao Estado acesso ao resultado das duas primeiras fases de testagem. Segundo o laboratório, os processos iniciais, já encerrados, tiverem 100% de positivação e sem reação adversa grave.

No caso da manutenção dos resultados favoráveis, haverá repasse de tecnologia por parte do Sinopharm para que o Tecpar possa produzir a vacina. A empresa estima finalizar os testes em estágio avançado em humanos em três meses.

Processo de testagem

Um grupo de trabalho está sendo formado para definir o protocolo de validação para o início dos testes em fase III da vacina desenvolvida pelo Sinopharm.

A intenção é que nos próximos 15 dias o termo seja submetido aos órgãos regulatórios. Após a aprovação, deve ser iniciada a fase de testagem da população. A expectativa é que o processo seja iniciado até o fim de agosto.

O Paraná também pode se tornar parceiro da Rússia na produção da vacina contra o novo coronavírus que está em fase final de testes naquele país. O assunto deve ser tratado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nos próximos dias com o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.

No início desta semana, o governo russo anunciou ter concluído com sucesso a fase de ensaios clínicos do seu antivírus, desenvolvido pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. A expectativa é que esteja disponível no primeiro semestre do próximo ano.

Cerca de 130 vacinas contra a Covid-19 estão sendo produzidas no mundo. Em estágio avançado estão os estudos realizados pela Universidade Oxford, da Inglaterra.