Pouco mais de um mês após anunciar parceria para impulsionar o mercado de carros elétricos no Brasil, o aplicativo de transporte de passageiros 99 começa a contabilizar os resultados de outra iniciativa do DriverLAB, centro de inovações focado em soluções que visam melhorar as condições de trabalho dos motoristas parceiros: o programa Kit Gás. Em dois meses, o projeto gerou economia de R$ 529 mil aos condutores que aderiram ao uso do equipamento e converteram o motor do carro para rodar com Gás Natural Veicular (GNV). A medida faz parte de um pacote de investimento de R$ 100 milhões da empresa pertencente ao grupo chinês Didi Chuxing até o final de 2022, em um total de R$ 250 milhões nos próximos três anos, em soluções que ampliem os ganhos dos parceiros.

Para a sociedade, a conversão para GNV dos carros utilizados pelos motoristas permitiu no intervalo a redução de 87,25 toneladas de emissão de CO2 na atmosfera. Para cada parceiro representou redução de R$ 980 de custo por mês. Os gastos ao abastecer com gasolina chegam a R$ 2 mil mensais, 46% superior ao R$ 1,1 mil despendidos com o GNV. A plataforma tem 750 mil condutores cadastrados pelo Brasil.

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O programa foi um dos primeiros disponibilizados pela 99 nas regiões metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte. O DriverLAB também tem parceria com empresas de locação de veículo, que oferece redução de até 25% nos custos para os motoristas do aplicativo, além de ter fechado acordo com uma fintech de meios de pagamento (Koin), para o parcelamento do valor da instalação do equipamento no veículo – um kit instalado e legalizado custa hoje em média R$ 5 mil -, e com uma fintech de consórcio (Mycon), para viabilizar a compra ou troca do carro.

A estratégia é mais que necessária diante da desistência de muitos motoristas em trabalhar para aplicativos, por causa de série de dificuldades. Além da falta de segurança, que tem resultado em mortes de condutores pelo Brasil, o custo com combustível consome 50% dos ganhos obtidos pela categoria. Isso sem contar os gastos com aluguel do veículo, ou de manutenção, seguro e impostos para quem é dono do carro.

Desde o início da pandemia, pelo menos 200 mil condutores abandonaram as plataformas pelo Brasil. Em São Paulo, principal mercado do País, o montante chegou a 27%, com base em dados da prefeitura. Até novembro, a cidade tinha 563 mil cadastrados, número em queda na comparação aos 777 mil que chegaram a integrar o quadro nos últimos sete anos.