Não chegue na Nasa e diga que o James Webb é o substituto do Hubble. É uma ofensa. Ele é um “sucessor”. E que sucessor — só para se ter uma ideia, estará a 1,5 milhão de quilômetros de distância da Terra, enquanto o parceiro enviado ao espaço em 1990, estava a 570 km. A agência espacial prepara-se para, dia 22, lançar da Guiana Francesa para os confins seu novo telescópio, para somar com o que o Hubble já viu e descobriu em seus anos de existência.

Webb tem missão nada humilde: estudar toda fase da história cósmica, olhando para o momento em que as galáxias se formaram, 13,5 bilhões de anos atrás, usando tecnologia infravermelha. Como assim? É que os primeiros objetos luminosos se transformaram nessa luz e chegam, hoje, a nós, dessa forma. Além disso, vai observar planetas distantes e suas atmosferas. Não é pouco para essa missão com a agência espacial europeia e 14 países.

Denis cardoso

(Nota publicada na edição 1251 da Revista Dinheiro)