Carlos da Costa foi o nome escolhido pelo futuro ministro da fazenda, Paulo Guedes, para assumir o cargo de secretário geral da produtividade e emprego. Em entrevista ao Estadão, ele exemplificou algumas medidas que irão nortear seu trabalho, e como diz o nome de seu cargo, seu foco será a maximização da produtividade de setores produtivos. Segundo ele, o trabalhador brasileiro tem produtividade média 23% menor que o americano.

Ele ainda disse que para atingir a meta de 10 milhões de empregos em quatro anos, é preciso se voltar para o setor privado, que será a “abordagem central” da pasta. Para tal, o foco da administração será remover barreiras trabalhistas, como regulamentações, e proibições. O primeiro setor em que Costa enxerga potencial de crescimento de vagas é o de construção por ter grande geração de emprego a curto prazo. “Temos de atuar para reduzir as barreiras regulatórias, obstáculos para que as obras aconteçam”, disse o futuro secretário.

Ele também confirmou o lançamento do Programa Nacional de Qualificação de Capital Humano, que irá qualificar e modernizar o trabalhador brasileiro, já que na visão de Costa, o brasileiro “está ficando para trás na corrida global de mão de obra qualificada”. Ele disse que o projeto será feito em parceria com empresas privadas e o sistema S.

Ainda sobre o sistema S, ele criticou sua centralização assim como a falta de padrão entre as unidades – “existem alguns Senais que fazem ótimo trabalho e outros nem tanto.” – mas falou que o governo não decidir o destino dele unilateralmente, uma vez que enxerga seu potencial. Defendeu ainda um melhor aproveitamento e alocação das verbas destinadas ao sistema, e não descartou cortes de repasses.