O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Efraim Filho (PB), disse nesta sexta-feira, 12, que o rebaixamento da nota de crédito brasileira pela S&P afeta negativamente os planos eleitorais do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que cogita ser candidato à Presidência pelo PSD.

Efraim Filho disse que o resultado só facilita a vida da oposição em 2018. “O rebaixamento afeta principalmente a campanha do Meirelles pela repercussão que isso causa e pelo delay na retomada da economia, ou pelo menos num ritmo menos acelerado. A campanha do Meirelles está extremamente vinculada ao desempenho da economia. Os desdobramentos do rebaixamento da nota geram isso”, afirmou o democrata. “O fato da economia do Brasil desacelerar só facilita a vida de quem é oposição, num primeiro momento”, complementou.

Colega de partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Efraim buscou rejeitar a responsabilização de Maia pelo fato de a base aliada não ter conseguido viabilizar a votação da reforma da Previdência, fator destacado pela S&P para justificar a mudança na avaliação do País.

“Isso mostra que o Maia estava certo nas suas convicções. Acho que toda a sociedade brasileira reconhece que o discurso do Maia sempre foi franco, aberto e transparente, defendendo a necessidade das reformas. Então não pode ser depositado nos ombros dele o fato de a reforma da Previdência não ter sido votada. Ele é apenas um deputado de 513 no total”, defendeu.

O líder do DEM minimizou ainda as chances do resultado serem positivos para a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que é pré-candidato à Presidência pelo PSDB. “Acho que Alckmin também é um candidato vinculado a um desempenho da economia”, argumentou.