A China ajustou o mecanismo que determina os limites superiores das taxas de depósito dos bancos, levando a uma redução das taxas de financiamento de prazo mais longo. O Mecanismo Autodisciplinar para a Precificação de Taxas de Juros Orientadas para o Mercado, com apoio do Banco do Povo da China (PBoC), informou nesta segunda-feira que mudou a forma de determinar os tetos para as taxas de depósito adicionando certos pontos básicos à taxa de referência definida pelo governo. Antes, os limites superiores eram definidos pela multiplicação da taxa de referência.

O órgão não divulgou detalhes sobre os novos tetos, mas apenas disse que algumas taxas de depósito aumentaram como resultado, enquanto outras foram reduzidas. O órgão destacou ainda que a forma anterior de estabelecer tetos para as taxas de depósito elevava as taxas de juros dos depósitos de prazo mais longo e intensificava a “competição desordenada” entre os bancos que tentavam atrair depósitos aumentando as taxas de juros.

O ajuste ocorre no momento em que os bancos chineses enfrentam crescentes dificuldades devido ao acúmulo de dívidas inadimplentes e custos de financiamento mais altos, ao seguir as ordens do governo para ajudar as empresas em dificuldades atingidas pelos choques causados pela pandemia do coronavírus.

As taxas de depósito mais baixas podem ajudar a aliviar a pressão do estreitamento das margens líquidas de juros sobre os credores, à medida que seguem o apelo do governo para reduzir o crescimento do crédito este ano.

Em teoria, Pequim removeu os limites máximos para as taxas de depósito bancário em 2015, mas o governo ainda mantém o controle do mercado usando a orientação da janela e mecanismos de preços para evitar que as taxas saiam do controle. Fonte: Dow Jones Newswires.