A Embraer é um exemplo positivo recorrente quando especialistas tentam explicar o quanto a indústria brasileira ainda precisa evoluir em sua inserção nas cadeias de comércio global.

Para Sandra Rios, do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes), o sucesso da empresa no mercado internacional é impulsionado por ela contar com condições internas que a ajudam a competir internacionalmente. “A Embraer se desenvolveu mirando o mercado internacional, concentrando-se no conhecimento e desenho de aeronaves.”

A fabricante participa de regimes aduaneiros, como o “drawback” e o Recof. Esses sistemas servem para suspender ou eliminar tributos sobre insumos importados que são utilizados na fabricação dos aviões que a empresa vai exportar depois.

Dados mais recentes, de 2011, mostram que entre os fornecedoras de peças e componentes para o cargueiro KC-390 há uma forte presença de empresas estrangeiras: elas fabricaram do sistema de radar ao ar-condicionado da aeronave.

De acordo com a Embraer, a utilização expressiva de componentes importados na fabricação de suas aeronaves é algo comum no setor. “Poucos fornecedores conseguem prover componentes e peças com as especificações necessárias (para a fabricação dos aviões).” Em paralelo, a empresa diz manter iniciativas para desenvolver a cadeia de produtores nacionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.