Em entrevista à DINHEIRO, Roberto Chade, CEO da Dotz – empresa de programa de fidelidade do varejo brasileiro – conta que 2020, o grupo terá um serviço de conta digital próprio. A moeda Dotz já está presente em 690 cidades e tem 40 milhões de clientes. O programa de fidelização incentivou R$ 70 bilhões de vendas nos últimos dois anos.

A Dotz já tinha parceria com clientes do Banco do Brasil e recentemente anunciou com o BV. Há alguma ideia de ampliação de serviços para os bancos?
A parceria com o BB já tem mais de 10 anos e lá existem algumas linhas de atuações diferentes. O cliente pode escolher receber o programa de pontuação de benefícios do banco ou já ingressar no Dotz. Fazemos também plataformas promocionais que incentivam o aumento de frequência no uso do cartão co-branded. Ainda temos o cartão com o BV (também co-branded) e atuação em programas da Caixa Econômica Federal.

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A criação da conta digital Dotz não vai concorrer com esses outros produtos?
Não. Na verdade, a conta digital vem para agregar. Vamos lançar em março e estará disponível no aplicativo Dotz. É mais uma maneira de ganhar e pagar com Dotz. Teremos vantagens e cashbacks para os correntistas diferentes dos bancos comuns. Fora todas as maneiras que já existem de se acumular Dotz, o correntista terá ainda mais opções com transações feitas pelo uso da conta.

Quais as perspectivas da Dotz para 2020 com essas novidades?
Além da captação de novos clientes, queremos e visamos sempre o aumento do poder de compra do consumidor. Para este ano, esperamos manter a média dos 200 mil novos clientes por mês e, com a aquisição da Netpoints somada a criação da conta digital, os cartões co-branded BB e BV, é só otimismo para que a rede Dotz cresça cada vez mais.

Número da semana
54,5%

É o percentual de brasileiros que fazem empréstimo pela internet para pagar contas atrasadas. A pesquisa encomendada pela fintech de crédito on-line Noverde mostra que esses recursos vão para despesas de saúde, liquidar a dívida do cheque especial, pagar uma reforma ou conserto que saiu mais caro que o previsto e ter capital de giro para o negócio. A porcentagem dos que buscam ficar em dia com as contas, porém, caiu pela metade quando o crédito é solicitado pela segunda vez, o que se aplica a 22,7% dos devedores.

“Esse indicador é um sinal que todo um trabalho de educação financeira, crédito inteligente e consciente junto aos nossos clientes está dando resultado”, afirma Eduardo Teixeira, CEO da Noverde. Na edição de 2018 do mesmo levantamento, 42% dos entrevistados afirmaram que sempre faziam comparações entre as diversas opções no mercado na hora de decidir onde buscar um empréstimo. Esse número saltou para 68% em 2019. A pesquisa qualitativa foi feita pela Hibou e entrevistou 1341 pessoas com bom comportamento de pagamento levantado através da tecnologia desenvolvida pela Noverde.