Ornella Vilardo, gerente de sustentabilidade do Grupo Heineken.

Menos de 40% dos vidros são reciclados no Brasil. Em alumínio, o índice chega a 98%. O Grupo Heineken quer mudar essa história.

Como?
Na esfera pública com o diálogo junto ao Ministério do Meio Ambiente para melhorias na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Hoje, a meta é por produto, como embalagens. Isso dá margens para que empresas cumpram 90% da meta com alumínio e 10% com vidro. A ideia é que o índice de reciclagem seja por materiais.

E na ponta final?
Temos o programa Volte Sempre.

Em 2019, lançamos em São Paulo, com a colocação de postos de coletas em supermercados. O cliente depositava as garrafas e recebia dinheiro de volta. Neste ano remodelamos o programa e vamos para BH.

Qual impacto?
Em São Paulo reciclamos 11,5 mil toneladas de vidro. Além de tirà-lo da natureza, a reciclagem é feita por cooperativas parceiras que recolhem e vendem o material para a indústria. Nossa ambição é trabalhar com outros parceiros para dar escala à reciclagem. O desafio é o valor. A tonelada de vidro custa R$ 120, a de alumínio, até R$ 4 mil.

(Nota publicada na edição 1201 da Revista Dinheiro)