Na governança, a habilidade de negociar é tão difícil quanto necessária. No livro Conversando se Entende: Aprendizados, Técnicas e Práticas para Transformar Conflitos em Possibilidades, Carina Alvarenga e Cinthya Okawa falam sobre técnicas muito úteis a conselhos e grupos de diretores.

O CONFLITO
“O conflito nem sempre é ruim. Na medida em que ele mostra para as pessoas que existe uma diferença de ideias e que dessa divergência algo novo pode ser criado, o conflito é muito positivo. Mas se essas conversas não forem enfrentadas, se transformam em um impasse que prejudica tomadas de boas decisões”

O OUTRO
“Muito se discute o papel da fala. É preciso começar a dar importância ao papel da escuta. Ouvir os argumentos do outro querendo entender o raciocínio que o fez chegar à ideia apresentada é difícil. Então, muitas vezes quem ouve já escuta o outro como se fosse um ataque pessoal. Aí o impasse está instaurado”

O TEMPO
“Negociar não é perder tempo. É um processo necessário para que ideias em conjunto sejam construídas. E quando um grupo passa por essa dinâmica, é muito mais difícil que haja arrependimentos sobre a decisão tomada. A governança fica mais sólida”

A SOLUÇÃO
“Muitas vezes, a entrada de um integrante independente é a melhor maneira para se solucionar o conflito. Esse mediador leva a mesa a entender que ceder pode ser a melhor maneira de construir algo mais forte”

(Nota publicada na edição 1254 da Revista Dinheiro)