Jorge Hoelzel, presidente da gaúcha Mercur, fabricante de produtos e projetos nas áreas de saúde e educação, fala à coluna sobre o projeto Borracha Nativa. Uma iniciativa baseada na bioeconomia da Amazônia que completa dez anos.

A ORIGEM DO INSUMO
“Tudo o que se comprava de borracha nativa no início da empresa vinha da Amazônia. Depois migramos para o interior de São Paulo, onde estão os maiores seringais. Mas, quando começamos a pensar em sustentabilidade e responsabilidade social, voltamos o olhar para como usar a bioeconomia amazônica”

VOLTA PARA A FLORESTA
“Ao buscar um caminho responsável para obter o insumo, encontramos duas ONGs que cuidam de uma região chamada Terra do Meio, entre os rios Xingu e Iriri. É uma área de proteção com várias reservas extrativistas e terras indígenas. Exatamente nessa época elas estavam em busca de empresas interessadas em comprar a matéria-prima nativa da região”

COMÉRCIO
“Mandamos representantes para montar o processo de compra e industrialização da borracha. Firmamos contratos de longo prazo pagando, em média, o dobro do preço de mercado”

PRÊMIO
“O excedente que pagamos é para remunerar o custo que os produtores têm de manter a floresta de pé. Agora, estamos ampliando para encontrar parceiros no Acre, em Rondônia e outros estados”.

(Nota publicada na edição 1241 da Revista Dinheiro)