Daniela Teixeira, diretora-executiva do Forest Stewardship Council (FSC), alerta as empresas que a paciência do consumidor com o greenwashing está perto do fim. O caminho para quem quer se manter no mercado passará por auditorias que validem as informações antes de serem divulgadas

Greenwashing
“Está cada vez mais claro que os consumidores não estão mais satisfeitos com autodeclarações de empresas afirmando que são sustentáveis. Não cabe mais a fala ‘eu garanto que adoto boas práticas’. Eles não querem propaganda, querem fatos que comprovem boas práticas”

Certificações
“Como o processo de certificação inclui auditorias, as certificações servem a duplo propósito: como validação das boas práticas das empresas e como ferramenta de comunicação. É uma garantia de que a mensagem passada é verídica e não marketing”

Padronização
“Nas certificações florestais, as normas para manejo são internacionais mas, depois, há um processo de adequação com a realidade local. Nas certificações voltadas à indústria, o foco é a rastreabilidade — um processo que é 100% padronizado globalmente, sem adaptações”

O Brasil
“Hoje temos 200 milhões de hectares de florestas certificadas no mundo, no Brasil estamos chegando a 8 milhões considerando florestas plantadas e naturais. Isso nos coloca em 6o lugar no ranking geral. Mas em plantações nós somos líderes globais em boas práticas, sustentabilidade e certificações”

(Nota publicada na edição 1237 da Revista Dinheiro)