À frente da operação da SulAmérica Investimentos que administra R$ 46 bilhões em recursos, Mello defende que os gestores vejam o ESG (ambiental, social e de governança) como um processo e não um produto.

A MUDANÇA
“Para os gestores de portfólio, de ações e de renda fixa era mais evidente o ganho que uma estrutura de governança trazia para os negócios. O ambiental e o social eram mais distantes. Mas o social foi mudando quando perceberam que funcionários mais engajados traziam resultados melhores. Já no ambiental, o divisor de águas foi o rompimento da barragem de Brumadinho. A partir dali o mercado considerou que incluir os princípios ESG na avaliação de investimentos é um fator de mitigação de riscos”

DESAFIO
“Estamos em um momento em que todos estão sensibilizados pelos três fatores, mas existe um desafio grande em relação ao meio ambiente que é materializar as ações. Ainda que as empresas estejam construindo relatórios lindos, com ações que dão grande visibilidade, não estão endereçando questões relativas ao impacto direto de sua atividade, como geração de resíduos e mitigação das emissões de carbono”

PROCESSO
“Muito se fala de ESG, mas corremos o risco de ficar superficial. ESG é um processo. Mais do que ter um produto como uma linha de crédito ESG, o que faz a diferença é sensibilizar todo o meu processo aos princípios. Só assim vamos transformar a sociedade”

(Nota publicada na edição 1229 da Revista Dinheiro)