Um grupo de 48 companhias globais aproveitou o Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro, para lançar o movimento Parceria para Justiça Racial nos Negócios. Com a coalizão, empresas como Google, Facebook e Unilever esperam aumentar a diversidade nas coorporações. Eduardo Lyra, que participou do Fórum, reconhece a relevância da iniciativa, mas avisa que é preciso mais.

Como a Parceria para Justiça Racial nos Negócios pode mudar o racismo estrutural nas empresas?
Programas como esse, capitaneado por companhias globais, têm o importante papel de acelerar o tempo de mudança em relação à diversidade no mundo corporativo, corrigindo séculos de atrasos. Esse movimento começou com o Vidas Negras Importam que, com o fortalecimento do ESG (ambiental, social e governança), fizeram os CEOs e profissionais de Recursos Humanos entenderem que o tema é urgente.

O que fazer para resolver o problema?
A parte mais sensível, necessária e urgente é que os tomadores de decisões do mundo corporativo desdobrem metas de longo prazo. Essa década precisa ser marcada pelo combate à desigualdade social, e uma das ações necessárias para resolvermos essa questão é a inlcusão de talentos negros e negras no mercado de trabalho.

de que forma isso é possível?
A gente só muda um contexto tão desafiador como esse fazendo a integração de empresas, políticas públicas e negócios sociais. Sem essa união, dos agentes que estão nas pontas, não conseguimos mudar. É preciso disciplina fanática para construir uma solução efetiva na década.

(Nota publicada na edição 1208 da Revista Dinheiro)