Para aumentar o engajamento de parceiros na agenda ambiental, a Órama Investimentos criou o selo ESG (ambiental, social e governança) para fundos que já adotaram as boas práticas em suas análises. Em seis meses, o número de chancelados passou de quatro para 12. Para Sandra Blanco, o crescimento mostra o interesse, e o baixo número absoluto demonstra que são poucos os fundos com processos bem definidos.

DIFICULDADES
“Ainda que o ESG esteja se fortalecendo, há problemas com a taxonomia, critérios e regulamentação que definam o que são práticas ESG e o que é greenwashing. Além disso, falta padrão para mensurar os resultados. Há um estudo que mostra que quando se compara os critérios usados por diversas agências de rating de crédito, a correlação é de 99%. Quando se fala em rating ESG, cai para 68%”

CRITÉRIOS ÓRAMA
“Em nossa diligência, historicamente olhamos a governança, mas evoluímos nos critérios de avaliação qualitativa que usamos. Além disso, trabalhamos também com ferramentas já amplamente utilizadas como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) e com os Princípios para o Investimento Responsável (PRI)”

BENEFÍCIOS
“Para os investidores, a grande vantagem do selo é ajudá-los a selecionar mais facilmente os fundos que estejam alinhados com a sua decisão de colocar os recursos em fundos em conformidade com as práticas. Para os gestores, a intenção é provocar e acelerar a transformação rumo à economia verde”

(Nota publicada na edição 1225 da Revista Dinheiro)