Em plena negociação de um acordo para a dívida da Argentina com o FMI, o papa Francisco nomeou, neste sábado (27), o ministro da Economia argentino, Martín Guzmán, informou um membro da Pontifícia Academia das Ciências Sociais.

Em seu boletim oficial divulgado neste sábado (27), o Vaticano informa que Francisco “nomeou como membro ordinário da Pontifícia Academia das Ciências Sociais o professor Martín Maximiliano Guzmán, ministro da Economia da nação argentina”.

Guzmán, de 39 anos, é ministro da Economia desde 2019, quando Alberto Fernández assumiu o cargo.

O político lidera as negociações da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por uma dívida de 44 bilhões de dólares que Buenos Aires precisa renegociar para evitar um calote. O jornal La Nación considerou “um grande aceno” a decisão do papa argentino.

Por sua vez, a agência de notícias especializada do Vaticano i.media apontou que Guzmán já se reuniu três vezes com o pontífice.

A Argentina contratou um crédito de 57 bilhões de dólares com o FMI durante o governo do liberal Mauricio Macri (2015-2019).

Assim que assumiu o cargo, em dezembro de 2019, após derrotar Macri, o atual presidente Alberto Fernández renunciou a receber as parcelas pendentes e o empréstimo foi para 44 bilhões de dólares.

Guzmán negocia desde o primeiro dia um novo acordo com o FMI, que provavelmente será de ampliação das facilidades, para substituir o atual e estender os prazos de pagamento.

Enquanto isso, o governo prometeu que qualquer acordo desse tipo deve receber o aval do Congresso, onde após as eleições legislativas de duas semanas atrás, nenhuma força terá a maioria.