Por Philip Pullella

CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O papa Francisco acusou implicitamente a Rússia nesta quinta-feira de “conquista armada, expansionismo e imperialismo” na Ucrânia, chamando o conflito de “guerra de agressão cruel e sem sentido”.

O papa, falando a uma delegação de líderes ortodoxos do Patriarcado Ecumênico de Istambul, disse que o conflito colocou os cristãos uns contra os outros.

Tanto a Rússia quanto a Ucrânia são predominantemente cristãs ortodoxas, mas há uma influente minoria católica de rito bizantino na Ucrânia que é leal ao papa.

Os ramos oriental e ocidental do cristianismo se separaram no Grande Cisma de 1054.

“A reconciliação entre os cristãos separados, como meio de contribuir para a paz entre os povos em conflito, é uma consideração muito oportuna nos dias de hoje, pois nosso mundo está perturbado por uma guerra de agressão cruel e sem sentido em que muitos, muitos cristãos estão lutando entre si”, disse o papa.

Francisco também afirmou a seus visitantes ortodoxos, em uma clara referência à Rússia, que todos precisavam “reconhecer que a conquista armada, o expansionismo e o imperialismo não têm nada a ver com o reino que Jesus proclamou”.

Foi o segundo dia consecutivo que o papa falou sobre o conflito na Ucrânia. Na quarta-feira, ele condenou o bombardeio de um shopping center na cidade de Kremenchuk, chamando-o de o mais recente de uma série de “ataques bárbaros” contra a Ucrânia.

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