O mercado de bem-estar sexual ganhou impulso na pandemia. No período, foram criadas as chamadas sextechs, startups do segmento sexual, como a Tela Preta, uma plataforma de áudios eróticos. A startup foi criada antes da pandemia, mas foi colocada no ar quando os empreendedores perceberam que o isolamento social se tornaria uma realidade no Brasil.

A plataforma já teve mais de 5 mil assinantes e funciona em modelo de assinaturas, que vão de R$ 14,99 por mês a R$ 149,90 por ano. O cliente acessa os cerca de 200 áudios eróticos de contos inéditos a cada semana. Os áudios são divididos por categorias, como mais leves e mais pesados, masturbação guiada, LGBTI+, com brinquedos e resposta sensorial autônoma do meridiano, uma sensação prazerosa de formigamento provocada por alguns sons.

A Tela Preta fez um ano com faturamento de R$ 220 mil e com meta de atingir R$ 500 mil até abril de 2022, quando completará dois anos. A plataforma disponibiliza também um jogo de perguntas para casais que custa R$ 69,90 e uma versão personalizada dos contos por R$ 597. Os empreendedores planejam disponibilizar contos escritos e promover eventos.

+ Plataforma de currículos de pesquisadores é restabelecida, após pane

De acordo com Fábio Chap, fundador da plataforma, a maior parte do público é de mulheres, cerca de 85%, de 25 a 35 anos. “Os vídeos eróticos e filmes pornôs estão no mercado há mais de 40 anos e as mulheres têm poucas opções. Queremos aguçar a imaginação e brincar com o desejo sem descrição física”, explica Fábio.

Pesquisa do Portal Mercado Erótico mostra que o número de empreendedores no setor triplicou no Brasil em 2020. O mercado de bem-estar sexual deve movimentar, mundialmente, US$ 125 bilhões até 2026, prevê a consultoria KBV Research.