O Panamá irá desenvolver com empresas de energia uma refinaria para fornecer biocombustíveis que ajudem a reduzir as emissões de carbono dos aviões, anunciaram nesta quarta-feira os promotores do projeto.

A refinaria, que irá operar na Cidade do Panamá terá capacidade para produzir 180 mil barris por dia a partir de 2024. A instalação “ajudará a América Latina e o mundo na transição energética e contribuirá com a inovação para enfrentar as mudanças climáticas”, disse o presidente do Panamá, Laurentino Cortizo.

“O transporte representa 27% das emissões de gases do efeito estufa, e a única maneira de descarbonizar múltiplos setores, como o da aviação, é integrar os combustíveis fósseis com biocombustíveis compatíveis”, ressaltou Randy Delbert LeTang, diretor executivo da SGP BioEnergy, uma das promotoras da iniciativa.

O projeto será desenvolvido em parceria com empresas privadas estrangeiras, a Panama Oil Terminals (Potsa) e o governo do Panamá. Segundo seus promotores, a refinaria será a maior plataforma de produção de combustível de aviação sustentável (SAF) do mundo.

O país centro-americano, que tem uma economia de serviços dolarizada, um canal interoceânico e múltiplos portos no Pacífico e no Atlântico, tornou-se um centro logístico para a América Latina e o Caribe. “Essa instalação não apenas irá gerar combustíveis mais limpos a curto prazo, mas sua construção em uma localização-chave do comércio global, que atende a mais de 1.000 portos, catalisará a indústria a longo prazo, ao oferecer imediatamente biocombustíveis a um custo menor”, ressaltou o representante da SGP BioEnergy.

A refinaria será desenvolvida em três fases, cada uma ao longo de um período de cinco anos, com o objetivo de aumentar a produção em 60.000 barris por dia em cada fase.