Milhares de palestinos protestaram nesta quarta-feira na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada durante a comemoração anual da Nakba, a “catástrofe” que representou a criação do Estado de Israel em 1948.

Na Faixa de Gaza, sob o controle do movimento islamita Hamas, há um frágil cessar-fogo, anunciado dez dias atrás após duros confrontos entre Israel e os grupos armados palestinos, o pior desde a guerra de 2014.

Na manifestação de hoje, houve confrontos em certos pontos da barreira fronteiriça, sob extrema vigilância do exército israelense, segundo um jornalista da AFP.

O ministro da Saúde do território sob o controle do movimento Hamas, inimigo declarado de Israel, informou que 47 palestinos foram feridos.

A mobilização foi, no entanto, relativamente mais contida do que no passado.

Em 2018, mais de 60 palestinos morreram ao longo da fronteira, em um dia em que à indignação do Nakba se somou a abertura em Jerusalém da embaixada dos Estados Unidos.

Segundo o exército israelense, os manifestantes eram cerca de 10.000. Houve pneus incendiados e, aproveitando a fumaça, alguns jovens jogaram pedras e artefatos explosivos contra a barreira de segurança.