JERUSALÉM (Reuters) – Pelo menos 57 palestinos ficaram feridos em conflitos com a polícia israelense dentro do complexo da mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém nesta sexta-feira, disseram médicos, conforme a violência continua durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã em um local também reverenciado pelos judeus.

No que pode ter sido o presságio de um conflito maior, Israel disse que dois foguetes foram lançados de Gaza. Apenas um atingiu o outro lado da fronteira, mas sem causar danos. Foi o terceiro incidente do tipo esta semana, quebrando meses de relativa calma no fronte de Gaza.

A Al-Aqsa fica no platô da Cidade Velha, em Jerusalém Oriental, tomada por Israel na guerra de 1967 e anexada sem receber reconhecimento internacional. Palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital do futuro Estado que esperam construir.

Palestinos acusam Israel de restringir a adoração muçulmana em Al-Aqsa –o terceiro local mais sagrado do Islamismo–, sem fazer o bastante para aplicar uma proibição de longa data contra preces judaicas no complexo. Israel nega.

A polícia israelense disse que interveio quando centenas de pessoas atiraram pedras e fogos de artifício e se aproximaram do Muro das Lamentações, onde preces judaicas estavam em andamento. Uma policial foi ferida por uma pedra e uma árvore pegou fogo por causa dos fogos de artifício, disse a polícia.

Testemunhas da Reuters disseram que a polícia entrou no complexo após as orações matinais do Ramadã e disparou balas de bolacha e granadas de efeito moral em uma multidão, enquanto algumas pessoas atiravam pedras. A polícia também usou um drone para lançar gás lacrimogêneo.

(Reportagem de Sinan Abu Mayzer, Amar Awad, Ari Rabinovitch em Jerusalém e Ali Sawafta em Ramallah e Nidal al-Mughrabi em Gaza)

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