Dois soldados israelenses morreram e outros dois ficaram feridos nesta sexta-feira ao serem atropelados por um carro dirigido por um palestino, informou o Exército hebreu.

O ataque contra os quatro militares israelenses, entre eles um oficial, ocorreu próximo a um posto militar a oeste de Jenin, no norte da Cisjordânia, o território palestino ocupado pelo Exército hebreu.

O motorista, ferido no atentado, foi levado para um hospital e está sendo interrogado, revelaram as autoridades.

Segundo o Shin Beth, o serviço israelense de segurança interna, o atropelador é Alaa Kabha, nascido em 1991 e natural da localidade de Bartaa, na região de Jenin, com passagem pela prisão por “motivos de segurança” e libertado em abril de 2017.

Os atropelamentos são utilizados com frequência por palestinos contra as forças israelenses.

A decisão do presidente americano, Donald Trump, de transferir a embaixada americana em Israel para Jerusalém, anunciada no dia 6 de dezembro, causou a elevação das tensões, após meses de relativa calma nos territórios palestinos. Ao menos 31 palestinos e quatro israelenses morreram em episódios violentos desde então.

O movimento islâmico Hamas, que havia convocado para esta sexta-feira um “dia de ira”, celebrou o ataque ocorrido em Jenin, mas não reivindicou a ação.

“A operação (…) confirma que nosso povo segue participando da Intifada de Jerusalém e que esta revolta contra a decisão de Trump e a ocupação (israelense) não é apenas um ataque de cólera, mas sim um combate em curso até a libertação total do nosso povo”, declara o comunicado do Hamas, considerado por Israel uma organização terrorista.

O posto militar próximo ao local do atropelamento está na zona das colônias israelenses de Mevo Dotan e Hermesh.

Ao menos 400 mil colonos israelenses vivem – sob a proteção do Exército – na Cisjordânia ocupada, ao lado de 2,6 milhões de palestinos.