Por Alistair Smout e Maayan Lubell

LONDRES/JERUSALÉM (Reuters) – Reino Unido e Israel estão reformulando suas políticas de testes de Covid-19, enquanto os governos buscam reduzir a carga sobre os laboratórios e sofrem com estoque restrito de kits em meio a taxas crescentes de infecção impulsionadas pela variante Ômicron.

Nesta época do ano passado, as vacinas ofereciam esperança de que a pandemia já pudesse ter acabado neste momento. Mas a Ômicron trouxe novos desafios, incluindo a sobrecarga dos sistemas de saúde pública, mesmo que –como dizem muitos cientistas– com doenças menos graves do que a variante Delta anterior.

A demanda por kits de teste reduziu os suprimentos. Na semana passada, filas se formaram do lado de fora das farmácias na capital da Espanha, Madri, no que se tornou um cenário comum desde que a Ômicron começou a aumentar as infecções. A região de Madri, de governo conservador, está optando por ampliar os testes e sem restrições à socialização.

Um aumento na demanda por testes gerou problemas na Itália e no Reino Unido. A Agência de Segurança de Saúde britânica (UKHSA) disse que mais 100.000 testes de reserva de PCR por dia foram disponibilizados desde meados de dezembro e que a capacidade foi dobrada para 900.000 kits de teste PCR e LFD por dia.

Pessoas na Inglaterra com teste positivo para Covid-19 em testes de dispositivo de fluxo lateral rápido (LFD) não precisarão confirmar seus resultados com um teste de PCR se não apresentarem sintomas, disse a UKHSA nesta quarta-feira.

Virologistas e especialistas disseram que a medida é lógica, dadas as taxas de infecção incrivelmente altas, desde que os suprimentos de LFD sejam suficientes para identificar a maioria das pessoas infectadas e que precisam ser isoladas.

Mas as autoridades terão menos dados sobre a disseminação de diferentes variantes, pois os testes de PCR são usados ​​para genotipagem e sequenciamento.

Israel mudou sua quarentena e política de teste como parte dos esforços para economizar recursos e garantir proteção contínua para pessoas vulneráveis.

Os testes de PCR serão destinados a pessoas com 60 anos ou mais ou com sistema imunológico fraco, enquanto aqueles com menor risco serão verificados com testes rápidos de antígeno, disse o Ministério da Saúde.

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