O vinho tem a vocação natural de unir, agregar, estimular bons sentimentos. Desde tempos remotos, a bebida sempre esteve presente em momentos de celebração entre amigos e encontros familiares. Sendo assim, nada pode ser mais apropriado do que um bom vinho para comemorar o Dia dos Pais, que este ano acontecerá no próximo domingo (9). Para auxiliar os filhos a encontrar o presente perfeito para o seu velho, a DINHEIRO fez uma seleção de nove rótulos, comercializados no Brasil por quatro importadoras. Há vinhos de diversos países, como Argentina, Espanha, França, Itália e Portugal. Todos excelentes e ótimos para celebrar um dia tão importante. Escolha o que harmoniza melhor com o seu pai. E saúde!

Dose dupla

Que tal um presente duplo ao seu pai? É o que propõe a uruguaia Bodega Garzón, considerada a melhor vinícola do Novo Mundo em 2018. Ao comprar uma garrafa do Garzón Petit Clos Block 560 (R$ 390, na World Wine), você ganha uma garrafa do Colinas de Garzón, o primeiro azeite extra virgem produzido no Uruguai a ser premiado internacionalmente. Sobre o vinho, trata-se de um cabernet franc complexo e estruturado, elaborado sob a consultoria do enólogo italiano Alberto Antonini, referência mundial no segmento. O Garzón Petit 560 tem sabores maduros e um final de boca firme, e conquistou 94 pontos no Descorchados 2019.

Um francês clássico

Divulgação

O Château de Nervers Brouilly é um francês produzido em vinhedos de mais de 50 anos, na região de Beaujolais. Toda a colheita na propriedade é realizada manualmente e, após o desengaçamento, ocorre a maceração semicarbônica e a fermentação malolática em foudres de carvalho. O resultado é tão bom que o vinho recebeu 94 pontos do crítico americano James Suckling, um dos mais respeitados do mundo. Com 13% de graduação alcoólica e feito com uvas gamay, é um Brouilly clássico, com aromas frutados e taninos aveludados. Harmoniza com carnes vermelhas, carnes brancas e cogumelos. Vendido pela World Wine (www.worldwine.com.br), está em promoção para o Dia dos Pais: de R$ 149 por R$ 119,20.

Cultivo orgânico

Divulgação

O delicioso espanhol Valderiz Juegabolos é produzido num vinhedo da região de Ribera del Duero e tem uma história bem peculiar. Conta-se que a propriedade foi parar nas mãos da família Tomás Esteban após uma vitória numa partida de juegabolos, jogo semelhante à bocha. Daí, o nome de alguns dos seus rótulos. Vendido pela World Wine por R$ 426,40 (seu preço original é R$ 533), é elaborado a partir de vinhas de 30 a 70 anos, com cultivo orgânico. É intenso e complexo, envelhecido por 24 meses em barricas de carvalho, sendo 80% francês. Tem aromas de cerejas e amoras maduras, notas minerais e toques defumados e de chocolate.

Vinhedo centenário

Envelhecido por 18 meses em barris de madeira, com posterior estágio de dois anos em garrafa, o Tapada do Chaves Vinhas Velhas é considerado um dos vinhos mais icônicos e longevos da região do Alentejo, em Portugal. É feito a partir de uvas trincadeiras e grand noir, originárias de um vinhedo centenário, plantado em 1901, em Portalegre. Tem controle da temperatura na fermentação natural feita em aço inox, teor alcoólico de 15% e aroma saboroso, com destaque para as frutas vermelhas maduras e forte presença de madeira. No paladar, aresenta toques de baunilha e mentol. O vinho é importado ao Brasil pela Adega Alentejana (www.alentejana.com.br) e custa R$ 1.035,50.

Melhor compra

Divulgação

O Pruno 2017 foi eleito o vinho com o melhor custo-benefício da história, pelo celebrado crítico americano Robert Parker. Faz muito sentido. Vendido no Brasil pela Adega Alentejana, recebeu 91 pontos do próprio Parker, teve a excelente pontuação de 93, dada pelo também americano James Suckling, e custa agradáveis R$136,66. É produzido na região de Ribera del Duero, na Espanha, pela Finca Villacreces, e envelhecido por 12 meses em barricas de carvalho francês. Suas uvas – tempranillo e cabernet sauvignon – são provenientes de vinhedos com quase meio século de vida. De coloração vermelho cereja, tem aroma de frutas e alcaçuz, com nuances minerais.

Sucesso no Brasil

Divulgação

Elaborado pela Casa Relvas, vinícola portuguesa totalmente sustentável, o Herdade São Miguel é produzido no Alentejo, região célebre por seus excelentes vinhos jovens. É feito de um blend de uvas tradicionais da zona rural alentejana, sob a supervisão do enólogo Alexandre Relvas, integrante da quinta geração da família proprietária da empresa, a Casa Relvas. Com produção anual em torno de 6 milhões de garrafas, a vinícola tem o Brasil como seu maior comprador, sendo o Herdade São Miguel tinto um dos mais vendidos. Trazido ao País pela Cantu (www.cantuimportadora.com.br), custa R$ 110, é envelhecido em barris de carvalho francês, amadeirado e possui acidez equilibrada.

Catalão de respeito

Divulgação

O Purgatori é produzido na Catalunha, na Espanha, pela Família Torres e custa R$ 330, na Cantu Importadora. É feito a partir de um blend de uvas da região e envelhecido entre 15 e 18 meses em barricas de carvalho. Sua produção é tão acurada que há uma vinícola específica na para elaborar apenas esse vinho, considerado um ícone da empresa, que já foi eleita a mais admirada do setor na Espanha. Com climas extremos – verões muito quentes e invernos rigorosos –, a região é perfeita para elaborar vinhos de altíssima qualidade, como os monges faziam desde a Idade Média, desenvolvendo técnicas que até hoje são aplicadas.

Bendita intuição

Divulgação

Considerado um dos melhores vinhos do Vêneto, na Itália, o La Poja Corvina Veronese 2015, da premiada vinícola Allegrini, é feito com
a principal uva da região e harmoniza perfeitamente com carnes vermelhas assadas, carnes de caça, queijos envelhecidos e trufas brancas ou negras. Importado pela Grand Cru (www.grandcru.com.br), custa R$ 1.269, tem cor intensa, estrutura macia e aromas de frutas vermelhas e especiarias. É apontado como um tinto encorpado, com taninos macios e boa persistência. E pensar que tudo começou há pouco mais de 50 anos, quando o patriarca da família, Giovanni Allegrini, movido por pura intuição, decidiu plantar uvas corvina veronese em suas terras.

Riqueza numa taça

Divulgação

A vinícola Zuccardi lançou seus rótulos da Série A com o discurso de que gostaria de revelar, numa taça, a riqueza dos solos e microclimas da Argentina. Para isso, escolheu o Vale do Uco, na região de Mendoza, para dar origem a este delicioso malbec. Apesar de a uva estar presente em todas as regiões vinícolas do país, é justamente no Uco onde fica sua expressão mais tradicional. Com passagem por barrica de carvalho francês e teor alcoólico de 14%, esse tinto é frutado, possui vermelho intenso e aromas de cereja, ameixa, chocolate, tabaco e especiarias. Possui taninos macios e tem ótima acidez natural. E ainda ótimo preço: R$ 129,90, na Grand Cru.