A rede de farmácias Pague Menos, fundada em Fortaleza pelo empresário Deusmar de Queirós, pode fazer a primeira oferta inicial de ações na B3 do segundo semestre. Ela entrou com pedido de registro de ações na Comissão de Valores Mobiliários e tem previsão de listar as suas ações até o fim de agosto. A empresa vem, há mais de cinco anos, preparando um IPO e quer aproveitar a janela de oportunidade para captar R$ 1,5 bilhão. Com isso, promoveria a saída do investimento da gestora General Atlantic e a chance de levantar caixa. Já a Aura Minerals prepara a oferta de Brazilian Depository Receipts (BDR), papéis de empresas sediadas no exterior, para se tornar a primeira mineradora de ouro na B3. Com operações em Brasil, Honduras e México, ela tem ações negociadas no Canadá. Já a Caixa Seguridade vê uma janela de oportunidade para o seu IPO em outubro, segundo Pedro Guimarães, presidente da Caixa. Outro movimento envolvendo empresas brasileiras aconteceu com a XP protocolando, na segunda-feira (29), na Securities and Exchange Comission (SEC), prospecto para follow-on de ações.

AUTOMAÇÃO
Robôs ajudam braço financeiro da VW a renegociar contratos

A área de crédito no Brasil da Volkswagen Financial Services, operação financeira da montadora Volkswagen, passou a utilizar robôs no processo de renegociação de contratos. O objetivo é reduzir o tempo de trabalho pela metade, num momento em que empresas da cadeia de fornecimento e clientes sofrem com os efeitos da crise por conta da Covid-19. Com a aquisição de software de RPA (Automação de Processo Robótico, na sigla em inglês) desenvolvido pela UiPath, conseguiu concluir a renegociação de mais 1 mil contratos de um mesmo cliente em apenas cinco dias.

PENSÃO
VRB lança o primeiro fundo de fundos previdenciários

O VRB, projeto de investimento com impacto social, lançou um fundo formado por um conjunto de fundos de previdência, cuja meta de rentabilidade anual flutuará entre CDI +3% e CDI +5%. Com apenas R$ 5 mil o investidor terá acesso, na plataforma da XP, à inteligência de alocação dos maiores gestores de fortuna do País, como Turim MFO, UBS Consenso, BWGI, Tera Capital e XP Advisory. Para ser cliente, é necessário ter entre R$ 10 milhões e R$ 300 milhões de patrimônio. O produto tem viés social, já que um terço da taxa de administração do fundo é revertida para projetos.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Santander tem exposição de 500 milhões de euros à Latam

Divulgação

O grupo Santander está exposto em quase 500 milhões de euros à Latam Airlines, companhia aérea de controle chileno que pediu recuperação judicial no último mês. A informação é no jornal espanhol Expansión. O impacto se deve principalmente na operação do banco europeu no Chile, onde tem parceria no programa de milhagens da Latam. Por enquanto, o Santander não planeja reavaliar ou reconhecer perdas desses ativos, mas prevê que uma possível quebra da empresa aérea traria problemas a seus negócios. A companhia aérea pediu recuperação judicial no Chile, Equador, Peru, na Colômbia e nos EUA.

IMPOSTOS
Entidade pede extensão do IOF zero

A Receita Federal deveria estender a alíquota zero do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) até dezembro deste ano, pediu a Associação Comercial do Rio de Janeiro. Segundo a entidade, seria o prazo ideal para que mais de 1 milhão de pequenos e médios empresários, responsáveis por 60% dos empregos formais no País, possam ter crédito barato, além de reduzir perdas de lucratividade e enfrentar as dificuldades de fluxo de caixa decorrentes das políticas de distanciamento social. A medida de desoneração do Ministério da Economia, que deve gerar um impacto de R$ 7 bilhões nas contas públicas, era válida para operações de crédito contratadas até o fim de junho. O mercado, no entanto, percebeu uma queda de 20% nas operações de crédito de MPEs junto ao BNDES.

CAPTAÇÃO
A.Gutierrez levanta US$ 30 milhões

Na sexta-feira (27), a Andrade Gutierrez International captou US$ 30 milhões no mercado internacional. A iniciativa ocorreu por meio da reabertura de operação realizada em dezembro do ano passado, que somou US$ 425 milhões, com rendimento de 9,5% e vencimento em 2024. A captação permitiria pagar os cupons dos papeis que venceram em 30 de junho, no valor de US$ 20,7 milhões, e de outros que vão vencer em 30 de dezembro, de mais US$ 22,1 milhões. O aumento da emissão tem ações da CCR detidas pela AG como garantia.