A Eletronuclear adiou o retorno da Usina Angra 2 ao Sistema Interligado Nacional (SIN) para o início de agosto, em razão de as inspeções de rotina no combustível nuclear da usina, realizadas durante a parada, indicaram a necessidade da realização de testes adicionais, devido a uma oxidação superficial nos revestimentos dos dutos que contém as pastilhas de urânio enriquecido.

A parada de reabastecimento de combustível de Angra 2, iniciada em 22 de junho, vai durar mais tempo do que o previsto originalmente pela Eletronuclear, devido à necessidade de uma nova avaliação. A cada reabastecimento, é substituído cerca de um terço do combustível do reator.

Os testes serão realizados pela empresa responsável pelo projeto da usina, e a Eletronuclear aguarda a chegada dos equipamentos necessários e dos técnicos estrangeiros à central nuclear já na próxima semana. 

Os testes vão determinar as causas da oxidação e verificar a viabilidade da utilização desses elementos combustíveis por mais um ciclo operacional, conforme planejado. 

Os resultados serão submetidos à análise do órgão licenciador, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

Segurança

A Eletronuclear informou que o incidente não comprometeu a segurança e o desempenho de Angra 2, que operou continuamente por 13 meses, tendo inclusive batido seu próprio recorde de produção no último dia 19, com a marca de 200 milhões de megawatt-hora  (MWH) gerados desde 2001.

De acordo com a Eletronuclear, “esta parada de reabastecimento em andamento é  o maior trabalho de manutenção realizado no país durante a pandemia da covid-19 e  tem transcorrido normalmente graças às medidas preventivas adotadas pela empresa”.