O ouro fechou com ganhos nesta sexta-feira, impulsionado pela maior busca por segurança entre investidores, diante da piora nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

O ouro para dezembro fechou em alta de 1,93%, a US$ 1.537,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na comparação semanal, o ouro teve ganho de 0,92%.

A retaliação comercial da China aos Estados Unidos, com promessa de mais medidas americanas em breve, provocou uma onda de busca por segurança nos mercados globais. De acordo com a Sucden Financial, a decisão de Pequim e a ameaça americana fizeram o contrato do metal “saltar”.

Além disso, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, realizou um discurso considerado “dovish”, o que colaborou para a queda nos retornos dos Treasuries. Com esse movimento nos juros dos bônus, o ouro acaba por ser beneficiado como uma alternativa segura. A Oxford Economics afirma que o Fed mostra uma postura “mais acomodatícia”, com Powell enfatizando o gerenciamento de risco e admitindo o aumento recente nos riscos geopolíticos e comerciais.

O Commerzbank, por sua vez, destaca em relatório o fato de que o ouro segue acima da marca de US$ 1.500 a onça-troy, com expectativas de desaceleração econômica e de relaxamento monetário em importantes bancos centrais, como o Fed.