O contrato mais líquido do ouro registrou nesta segunda-feira, 24, o valor mais alto desde o início de janeiro, influenciado pelo recuo nos rendimentos dos Treasuries e pela desvalorização do dólar ante pares, que torna o metal mais barato para detentores de outras divisas.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho encerrou a sessão com ganho de 0,41%, a US$ 1.884,50 a onça-troy. É o maior valor para o metal desde 7 de janeiro, representando uma alta no mês de maio que chega a 6,54%, de acordo com a FactSet.

Os preços do metal precioso subiram hoje com uma “combinação do aumento das taxas de inflação de equilíbrio dos Estados Unidos e da queda dos rendimentos dos Treasuries, que trabalharam para reduzir o custo de oportunidade de manter ativos físicos não remunerados, como ouro”, escreveram analistas do ICICI Bank em relatório.

Com uma série de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) sendo monitorados, a integrante do conselho Lael Brainard reafirmou o posicionamento da maioria de que preços devem subir nos próximos meses, mas de forma controlada. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, se pronunciou de forma parecida, indicando que o tema poderá ser observado de forma mais clara no verão do Hemisfério Norte.

À espera de mais dados da inflação americana, que saem na quinta-feira na forma do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de abril, houve demanda do mercados pela renda fixa nos EUA, o que pressionou os juros dos Treasuries.

*Com informações Dow Jones Newswires.